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Encontrar a linguagem ideal é desafio para as marcas nas redes sociais

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O desafio da linguagem ideal

As redes sociais alteraram a forma como as empresas se comunicam com os seus clientes. Se antes o contato era apenas unilateral, a demanda atual não permite que as companhias deixem de lado a interação com os consumidores. E, para atuar nas redes sociais, é necessário também ajustar a linguagem. Mas, afinal, qual é a forma adequada de se comunicar com os usuários das mídias digitais?

?Tudo depende com quem a marca quer falar e como ela quer se portar?, diz Felipe Wasserman, professor da ESPM e especialista em redes sociais. Segundo ele, a empresa deve estar atenta ao seu público-alvo para não cometer deslizes no formato da linguagem. ?Caso o foco seja nos jovens, as mensagens devem ser mais leves. Para advogados, por exemplo, deve ser adaptada ao modo de falar deles?.
Mesmo que muitas empresas se esforcem para manter o mesmo padrão, os memes ? mensagens, normalmente humorísticas, que se espalham via redes sociais ? acabam surgindo como uma forma mais fácil de elevar a audiência. Utilizar-se dos temas mais comentados pode trazer resultados rápidos, mas o retorno nem sempre é positivo.
O cuidado para veicular piadas do momento deve ser redobrado ? exagerar no humor pode manchar a credibilidade. Ser incisivo demais, porém, pode prejudicar o diálogo com o próprio cliente. ?O segredo é dosar bem. Cada empresa precisa saber quem ela quer alcançar e se quer ser mais aberta ou intimista com os seus consumidores?, diz Wasserman.
Esse conhecimento também pode se aliar à criatividade. O PontoFrio.com adotou uma estratégia diferente para alimentar suas redes: a criação de um mascote, o Pinguim. O animal, que também faz parte do logo da empresa, interage com os mais de 800 mil usuários no Facebook e 90 mil seguidores no Twitter criando promoções e abusando dos memes. ?A linguagem foi estudada e levamos cerca de dois meses para chegar na persona ideal do Pinguim, que continua em constante evolução. A adoção foi muito bem recebida pelo público?, afirma Vicente Rezende, diretor de marketing da empresa.

Ponto frio

Para estabelecer uma interação ainda maior com os usuários, os responsáveis pelas redes sociais do Pontofrio.com também criam postagens de acordo com o assunto em destaque do momento. Podem, inclusive, criar promoções em cima do tema. ?A empresa entende que o timing é fundamental para o sucesso das ações e, por isso, conseguimos divulgar produtos a partir de fatos que estão em evidência?, diz Rezende.
Já o Guaraná Antarctica tem a página com maior número de fãs do Brasil no Facebook, mas seu perfil no Twitter não acompanha o mesmo sucesso. Com mais de 12 milhões de curtidas na rede social de Mark Zuckerberg ante 136 mil seguidores no microblog, Bruna Buás, gerente de marketing da empresa, explica que cada rede exerce uma função diferente nas mídias sociais. ?Não temos preferências, mas as ferramentas do Facebook nos permitiram um melhor contato com o público-alvo e a possibilidade de trabalhar de forma mais positiva?.

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A possibilidade de trabalhar mais com o visual estimulou a empresa a buscar interações com o público por meio de shows via live stream (transmissão ao vivo) e também um aplicativo para iPhone que bloqueia o telefone de ex-namorados, o Ex Lover Blocker. ?Diversificamos os formatos utilizando até conteúdos criados pelos próprios usuários, tudo visando estabelecer laços emocionais com eles?, afirma Buás.
De acordo com Wasserman, é válido que as empresas adotem posturas mais descontraídas no modelo online, mas devem estudar os conteúdos para não haver problemas de imagem. ?Antes de criar qualquer postagem, o responsável deve pensar: ?Isso vai acrescentar algo? Isso atende ao meu público??

Fonte: Istoé